Ansiosa, esperava talvez a chuva pra preencher com sua música o silêncio que ecoava no vazio de meu ser.
Desejava que as nuvens derretessem para roubar a monotonia daquele vácuo que namorava com o meu pela janela.
Em ambos não brilhava m estrelas, então não entendia como a lua havia sorrido antes de eu me deitar.
A noite prosseguia quente, ilesa ao transcorrer dos minutos que também não se importavam com o descaso daquela que deixava claro que abraçaria o globo até ser expulsa pelo sol.
E me restava apenas esperar por aquele sol, remoendo segredos que alimentavam a insonia que se abateu sobre uma menina cansada.
Mas o cansaço é sempre menor que o sonho,
e o sonho era bom demais para que se perdesse no fechar das pálpebras que separaria a menina da obsessão pelos números que se sobrepunham e escapavam do relógio.
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