sexta-feira, 4 de novembro de 2011

A lua, pela perspectiva dos pés!

Pendurei a cabeça no canto da cama, experimentando oferecer uma nova perspectiva aos meus pensamentos que teimavam em rodopiar fora de seus lugares.
Migrando o olhar para o teto negro salpicado de luzinhas, me encontrei com a lua que me disse estar absolutamente sem preocupação.
O sangue começou a fazer pressão, aprisionado na caixa onde regava aqueles pensamentos e pediu para que eu nivelasse o corpo à cama. Sou teimosa tal qual meu rebanho, portando inverti as posições caçando aquela que insistia em brilhar apenas para os pés. Sentia náuseas a cada giro das hélices ferozes que assopravam fios de cabelo e pensamentos à fio.
A lua se aproximava, tagarelando sobre minhas descertezas.
Alguém continua distante, entre sorvetes de chocolate com côco, papéis e mesas de bilhar.
E eu descansava meus pés sobre a cabeceira, tendo pressa num novo amanhecer.

Apertando os olhos, convido o sono para ser minha rota de fuga, porém, ele apenas pede para eu espere a lua que vagarosamente debruça-se na mina janela (...)

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