terça-feira, 22 de novembro de 2011

Manteiga para a humanidade...

Por trás da janela fechada, ouço estalarem os metais dos telhados das casas sob a chuva que roubou o calor do amanhecer.
Meus olhos úmidos de tanta lágrima gelam minha alma de hoje e procuram nos trajes de palhaço um sorriso, mesmo que seja triste.
Por tanta água e tanto sonho despertei faminta, de pão e humanidade, mas comi os velhos sonhos que foram apenas o que sobrou para mim sobre a mesa.

Ontem ignorei estar sendo observada e aceitei com uma naturalidade que agora me espanta ser molestada por um qualquer enquanto me curvava sobre o peso de tantos nós no dia... O que ele levou sinceramente não me fará falta, pois esta já faz dele morada, esvaziando sua mesa de pão ou humanidade.

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