segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Tentativa de conexão não estabelecida...

Corri sobre uma idéia,
que deu voltas no poente até pousar arfante num banco de praça que havia assistido sozinho a despedida do amigo dourado.
As gotas de suor e eu estávamos sentadas ali, quando então o Sol compadeceu-se com nosso atraso e desmanchou seu último sorriso em rosa líquido. A tinta escorreu atrás dele e pelos prédios ao lado oposto, presenteando a menina e seu fiel cachorro com mais alguns minutos do espetáculo que tanto a deslumbrava.
E meus olhos refletiram a nova cor, mas enxergavam apenas uma sequência de números mudos na janela de vidro que cabia na mão.
E a cor se foi, perseguindo a luz à cumprimentar outros bancos de outras praças...
Acompanhada pelo silêncio, segui meu rastro de volta a procura de um acalento para meu coração espremido pelo vazio. Abracei a cama e fui abraçado por Robert Plant, que cantava para minha frustração.
Entre as grades, vejo as nuvens interferindo na transtonalização dos azuis e transformando o teto numa abóboda cinza e feia.
Cinza também estão meus pensamentos, que saltam a cada batida rítmica do bumbo no quarto ao lado (...)

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