O horizonte pega fogo, sob a vigília da primeira estrela.
Ela é um solitário ponto de luz esbranquiçado, à reger uma orquestra de vermelhos derramadores de silêncio pelas beiradas de um céu que arde quando beija a terra.
Estamos sozinhas, a estrela e eu, cada qual em seu poente.
Esperamos a lua, a estrela e eu, numa ânsia adjacente.
Ambas esperamos um amor, mesmo que um amor platônico, para trazer as cores omitidas por um manto que enegreceu terra e corações.
Ambas assistimos àquele beijo, guardando nossos lábios para a incerteza de sermos enfim beijadas;
Guardando nossas cores e apagando por dentro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário