terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Discurso filosófico da sibila anti-comunhão (...)

A estrada me desloca, enquanto ela e eu permanecemos estáticas. Quem se desloca então, pela estrada e à meu favor, é o automóvel coletivo interurbano de seis pneus e quarenta e cinco lugares.
Deslocam-se também alguns pensamentos, regendo a orquestra muda de razão e emoções.
Acordei, e mergulhei na minha consciência racional -sim! aquela que me afasta das pessoas... e as águas frias pararam toda a música, congelaram a sincroniza do meu coração e me jogaram numa crise existencial que sucumbo quase semanalmente, com a qual gosto de brincar, seduzida por suas voluptuosas ironias, seu prazeres gélidos, doloridos, sua dor nos músculos congelados que estão isentos de sensibilidade... dor (?)
Eis-me filosofa da minha própria vida, encontrando e assumindo o medo de me afastar da cômoda e carinhosa solidão.

Não. Ainda não sei de nada.

À Li, 
(por aguentar  meus desabafos melancólicos e recauchutar meu teto para suportar as tempestades que eu mesma crio)



Nota final: Deixei o celular em cima da mesa ritualisticamente e subi a avenida, longos quarteirões até o supermercado 24h, enquanto o sol se despedia do feriado doando ouro aos seus fiéis espectadores desatentos. 
Hum... semana passada parei pra chorar na sessão de chocolates, hoje esqueci várias coisas (o que era óbvio), mas trouxe comigo os seis pacotinhos de miojo sem lágrimas, imprescindíveis à minha própria sub-existência uns dias sem mamãe em casa.
Estou superando minhas crises de terça-feira!!rs

Vou fazer miojo pra hoje e bolo pra amanhã!!

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