terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Pela proteína dos meus olhos ... um alguém além de mim.

Comi esfirra de carne, para dar mais proteína às minhas filosofias.
Comi para continuar sendo carne, perdurar a matéria e, intelectual e orgânica, poder filosofar...
Quero seu carinho e ainda não sei se quero você, se quero alguém...
Alguém?
Alguém além de mim...

Essa noite eram somente minha cama, eu e o relógio que me proíbe de sonhar antes das duas da manhã.
Essa noite era somente outra noite em meu triângulo amoroso, rolando na cama enquanto as horas rolavam sobre mim.
E te coloquei pra dormir, antes do sono, pra que eu amanhecesse sozinha. Para que acordasse e afastasse as cortinas do teu carinho e enxergasse por mim, pela proteína dos meus olhos, pelo Ser no Ente de carne e emoção.
O Ente que chama de seu, e "acarinha" em meio aos gritos do Ser que não quer pertencer, mas que eu te daria... se fosse surda!

Eu vinha seca, e amoleci quando derramou todo o carinho que já esperava um alguém pra dedicar.
E derreti. E dissoluta vi, menino-homem com quem adoro estar, que eu esperava carinho também quando o seu tocou em  mim. Vi, senti-o e me confundi.
Pois não o quero só por já o estar esperando, carinho qualquer.
Não o quero porque você esperava pronto para doar, a um alguém qualquer.

Quero saber aceitar seu carinho porque é seu, vem de ti, pois é você e não carinho.
Quero que me dê o que é seu (meu), feito pra mim (por ti), não porque fui quem apareceu na sua vida, mas porque sou eu à aceitá-lo agora.

"Ahh, esfirra de carne!
Quem dera antes de comê-la eu pudesse lhe perguntar como fora a sua vida de carne antes de ser morta, moída e envolvida pela massa..."

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