domingo, 12 de fevereiro de 2012

Toda a companhia

Como  o chocolate que guardei, intocado, pra namorar quando no meu quarto só restasse a saudade e eu.
Como a mensagem breve, que li aos pedaços, encaixando nos intervalos o medo do final da linha.
Como a vontade de convidá-lo pra comer um cachorro-quente, que embrulhei e escondi no bolso, levando comigo quando saí sozinha.

Porque eu queria aos poucos,
do pouco eu queria tudo
e não queria o fim.


Quando chegou, minha janela não tinha cortinas,
e mesmo sem ser nada, era toda a companhia que cabia em mim.

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