quinta-feira, 2 de maio de 2019

Um sonho na barriga

Comprei outro caderno para superar o inverno
pois sei que não há cobertores suficientes na minha cama; a solidão é espaçosa
Não consigo dizer se doeu ou se me acostumei com a dor
Tampouco garanto o tempo que dure, se gosto ou aprendi a me resignar
O que importa é que não tenho mais quem não leia as poesias que espalho pela pele, pela casa ou pela música dos meus olhares
Tenho manhãs...
Silêncios.
Roupa limpa
e um sonho na barriga