Soltei acordes de um rock antigo que tirou meus pensamentos para dançar além das portas... O sopro das hélices furiosas acariciou meu corpo feito àquela hora de aroma, cor e música.
Deitei-me com um livro e beijei uma lembrança.
Dediquei à distância meu silêncio, fechando as cortinas das minhas janelas.
Dentro das quatro paredes que represavam meu mundo, repensei nos sonhos de ontem e nas promessas do amanhã me presenteando com aquele momento onde eu e toda a minha loucura continha-se numa jaula sem grades.
Senti um beijo sensual arrepiando minha nuca, transformando-se em suor na pele encoberta pelos cabelos que se divertem enrolando-se na liberdade de viverem sobre os ombros.
É ele, meu personagem preferido saltando do livro que deixei ao lado do travesseiro pelos instantes que fui tinta de caneta por páginas em branco.
É ele, sabendo que não nego seu convite para estar sozinha, à dois...
...e subimos a montanha.