e minhas janelas abertas não impedem de entrar.
Ás vezes dói,
e por ser carne não me isento de sentir.
Tenho livros!, tantos quanto possa ler e muitos que ainda não li!
Ouço músicas (2+2=5, Radiohead) e tenho dedos pra pari-las em meio às cordas do meu violão...
Na luz eles me enxergam...
Então é só na tua sombra que eu me exponho (pois me vê sem teus olhos e sou cega também).
Ás vezes o que me afoga são as poesias que transbordam de meus cadernos, jogados pelos cantos do quarto.
Ás vezes são as fotos que eu repasso, as lembranças que pinicam escondidas na roupa da cama.
Ás vezes é só aquele gole a mais que desejei e que eu evitei,
por ser mais fraca, por ter medo (de mim!?)...
Ás vezes é cravar fundo demais o punhal, devorar com apetite demais, pra compensar o sangue seco, a inanição!
Mas ás vezes é só um domingo que esboça a promessa de um sol que acabou de se despedir,
e que voltará para preencher os contornos da menina,
que ás vezes (só ás vezes) está cansada de se lembrar do cansaço.
"Você é tão sonhador?
Para colocar o mundo em ordem?
Vou ficar em casa para sempre
Onde dois e dois sempre
torna-se cinco"
"Vá e conte ao rei que o céu está desabando"
Sim... eternamente melancólica e sem rosto,
frente a uma folha em branco.
frente a uma folha em branco.
Até a tua tristeza é bela
ResponderExcluirAté seu momento de dúvida é belo
por todas as tuas partes, belas tu és
linda poeta!!!! (como os anjos, as palavras não tem sexo)