A Andorinha e a Borboleta escorregaram junto aos raios solares que chegavam para participar da nossa festa, mas quando a lua bateu à janela, beijei a cama sem muitas idéias.
Nem a luz azulada que cobria os lençóis nem a canção dos sonhos da Borboleta que repousava ao meu lado pintavam a ponta do sorriso que faltou em meu rosto, quando aquele brilho se apagou sem resposta.
O silêncio daquela espera secreta era meu mártir e meu prazer, era a nave que me carregava bem perto da lua e transformava as lágrimas secas em prata líquida para lavar meu rosto.
O conforto vestia a mim mas não era meu; ele vinha do descuido de duas meninas que se renderam ao cansaço de uma euforia vespertina e balançavam-se em seus sonhos.
Eu optava por sonhar acordada, poetizando com minha angústia e minha felicidade enquanto era assoprada pela tempestade que nascia do ventilador.
Às minhas meninas.
Gostei do texto. As meninas aladas deram o tom!
ResponderExcluirGrande abraço!